quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O MARKETING DO BEM


O PATROCÍNIO DOS ATLETAS

É um olhar míope criticar o patrocínio da Prefeitura de Niterói para as atletas da ginástica, que foram abandonados pelo Flamengo. Os oposicionistas e os do contra sempre propagam que o prefeito quis apenas fazer marketing pessoal, com repercussão nacional e até internacional. É verdade que a notícia correu o País e parte do mundo, afinal os atletas são reconhecidos mundialmente e já fizeram bonito em várias partes do globo.

Mas convenhamos, não há nenhuma eleição próxima e o prefeito recebeu o comando da cidade com pagamentos dos funcionários atrasados, caos em todos os setores, obras inacabadas, limpeza deficiente, bueiros entupidos, etc, enfim, uma cidade arrasada.

Qual o interesse do prefeito em aumentar este caos? Qual o interesse do prefeito em aumentar esta crise daqui e do mundo inteiro?

Nós sabemos e o prefeito também sabe que o projeto Nomes (que reúne atletas de peso da cidade) e outros segmentos do esporte estão com dificuldades.

Esta é a chave da questão. No momento de crise, um gestor público ou da área privada tem que ter a sensibilidade e a criatividade para superar as dificuldades e criar melhores perspectivas. Foi o que fez o prefeito.

O MAC há 20 anos, quando foi idealizado, recebeu as maiores críticas de vários segmentos políticos e sociais da cidade. Era quase uma unanimidade da crítica e da negação entre os pares da Câmara e entidades de classe no município. As críticas iam desde: "há outras prioridades" a "é uma obra muita cara".

Pois é, o MAC foi erguido e, em menos de 5 anos de funcionamento, recebeu mais de um milhão de visitantes, passando a ser uma referência de Niterói para o mundo. A cidade passou a receber turistas de todo o País e de várias partes do planeta por conta do MAC. Com isso, a economia da cidade ganhou com o "Turismo Cultural". O comércio vendeu mais, os shoppings tiveram mais frequência, os restaurantes aumentaram seus clientes, etc. Na verdade, todo o mercado ganhou. O valor gasto para a construção do MAC, há muito, já foi recuperado e multiplicado pelo município em benefício da própria população.

O MAC continua sendo o maior chamariz do turismo da cidade. E turismo traz divisas para o município, para o comércio, para as agências, para os restaurantes, para os shoppings, etc.

Se os atletas não têm a proporção de um MAC, no entanto, o investimento que está sendo feito poderá ser multiplicado com o interesse de empresas que queiram entrar como co-patrocinadoras, resultando em benefício do próprio Projeto Nomes e dos outros segmentos de esporte da cidade. Além disso, a cidade ganha visibilidade positiva, que poderá resultar em novos investimentos e benefícios para a população.

Mas como explicar que uma marca como o Flamengo, que atrai milhões de torcedores, não tenha dinheiro para patrocinar 4 atletas? Como explicar que um time como o do Flamengo, com sua marca viva, sempre está em crise?

Dinheiro, com toda crise, eles sempre conseguem. Já em relação a "eterna" crise é falta de administração ou simplesmente bagunça para levar proveito.

Voltando aos 4 atletas. É fácil explicar porque o Flamengo não quis investir. É raro um clube brasileiro ter esta preocupação. Suas administrações são confusas e vivem de interesses pessoais e de empresários voltados apenas para o Futebol. No futebol, as jogadas envolvem muitos milhares de dólares. Além disso, o esporte amador e outras atividades esportivas não têm a mística, o marketing, a mídia e o investimento que o futebol tem. Daí os salários milionários dos jogadores. Os clubes, mesmo alegando crise, sempre estão fazendo transações de alto custo para o setor.

Para os dirigentes de clubes como o do Flamengo, a marca do time é maior do que qualquer jogador e do que qualquer atleta. No caso dos atletas, estes na concepção deles, não dão retorno financeiro e nem mesmo de marketing, pois alguns alegam que nem mesmo a camisa do time os atletas usam em competições internacionais.

Por outro lado, como os clubes vivem de investimentos voltados ao lucro, não têm a preocupação com a inclusão social. O que não é o caso de uma administração pública, em que o maior lucro é o bem estar da população, de seus munícipes.

Este investimento que o prefeito Jorge Roberto Silveira fez tem um apelo do marketing para o bem, para revertê-lo em benefícios de crianças e jovens de comunidades, que muitas vezes sonham com uma atividade esportiva dessa natureza e não têm oportunidades.

O espírito maior do Projeto Nomes é interagir com essas crianças e jovens, ocupando-os com atividades sadias, abrindo possibilidades antes que sejam cooptadas pelo tráfico ou outras condutas perniciosas.

Em tese, são menos jovens e crianças abandonadas nas ruas... Ganham a cidade, as comunidades e o esporte.

3 comentários:

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  2. Acho que a crítica ao apoio que a Prefeitura vai dar aos atletas é muito infeliz. Quem deveria ser criticado é o presidente do Flamengo, que paga salários milionários a alguns jogadores medíocres, e em contrapartida, abre mão do dream team da ginástica brasileira.
    Parabéns Jorge pela grande iniciativa. Com certeza, se todos os nossos governantes pensassem assim, teríamos o ESPORTE, como uma das principais ferramentas da sociedade na luta contra o crime, as drogas e a violência.

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  3. visao de marketing e de futuro. trazendo esses atletas para treinar crianças e jovens de niteroi, jorge mais uma vez eleva niteroi a um destaque internacional. excelente iniciativa.

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